Neste artigo abordaremos as teorias acerca da inspiração bíblica e algumas razões para algumas pessoas a negarem.
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Neste artigo abordaremos as teorias acerca da inspiração bíblica e algumas razões para algumas pessoas a negarem.
2 Timóteo
3:14-17
Quanto a você, porém, permaneça nas
coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o
aprendeu.
Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de
torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão,
para a correção e para a instrução na justiça,
para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.
2 Pedro 1:20,21
Antes de mais nada, saibam que nenhuma
profecia da Escritura provém de interpretação pessoal,
pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da
parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.
Saber: Compreender o que é inspiração bíblica e suas teorias
Sentir: refletir sobre os motivos que levam as pessoas a negar a inspiração da Bíblia
Agir: escolher investir mais no conhecimento da palavra de Deus
Na lição passada, notamos que um dos diferenciais da Bíblia é ser inspirada por Deus. Essa inspiração é um pouco diferente daquela que normalmente usamos para poetas ou até para nossos amigos apaixonados.
A inspiração é a interação positiva entre o revelador divino e os porta-vozes humanos. Foi o sopro divino que dirigiu os escritores da Bíblia.
“A Bíblia é um livro que o homem não poderia ter escrito se quisesse, e não teria escrito se pudesse.”
Lewis Sperry Chafer
A inspiração é a influência que Deus exerceu sobre os escritores da Bíblia, a fim de preservá-los de erros no processo de registrar Sua revelação, mas ao mesmo tempo, permitindo que usassem seu estilo e bagagem pessoal. Essa definição é recheada de pontos importantes para o estudo deste assunto.
Paulo nos ensina em 2Tm 3.16 que toda a Escritura é inspirada por Deus. A palavra em nossa língua se deriva do latim e é a tradução para theopneustos (em grego) – que literalmente quer dizer “soprada por Deus”. Deus escolheu alguns autores humanos e lhes soprou, ou seja, lhes deu toda a revelação que decidira dar aos seres humanos.
Essa é a explicação para termos diferentes estilos literários e, até mesmo, diferentes níveis de instrução. Outro aspecto que traz riqueza às Escrituras é que esses autores humanos viveram em datas e contextos diferentes, dando um aspecto especial e diversificado à mensagem da Bíblia.
Há várias teorias a respeito da inspiração bíblica. Vamos olhar primeiro as teorias que não concordamos e depois explicar qual a nossa opção e porque a escolhemos.
Essa visão da inspiração afirma que não há nada de sobrenatural nesse processo. A bíblia é o resultado do trabalho de homens extraordinários que colocaram para fora seus conhecimentos sobre o assunto com sua grande habilidade. Eles escreveram os livros bíblicos assim como José de Alencar ou Shakespeare escreveram suas obras.
Segundo essa teoria, os autores bíblicos foram pessoas que tiveram uma iluminação espiritual mais profunda que outras pessoas normalmente tiveram e têm. Qualquer um poderia ter sido iluminado da mesma maneira. Segundo os proponentes dessa teoria, não são os escritos que são inspirados, mas sim os escritores.
Essa teoria ensina que as partes da Bíblia relacionadas a assuntos de fé e prática são inspiradas, enquanto assuntos como história, ciência e cronologia podem conter erros. Apenas de acreditar que a Bíblia contém erros, eles ensinam que ela é o meio suficiente para a salvação.
Sugere que os conceitos e as ideias da Escritura são inspirados, mas não as palavras. Segundo os proponentes dessa teoria, a Escritura pode conter erros porque Deus não supervisionou a escolha das palavras que os autores escolheram para registrar as ideias inspiradas.
Afirma que Deus ditou toda a Escritura para os homens, como se fossem meros escribas a serviço de Deus. Para esses estudiosos a Bíblia se assemelha ao Alcorão que foi ditado em árabe diretamente do céu.
Os defensores dessa teoria afirmam que a Bíblia não é exatamente a palavra de Deus porque Deus não revela meros feitos sobre Ele, mas Ele mesmo. A bíblia é apenas um testemunho da palavra de Deus. Ele se torna a palavra de Deus a medida que o leitor experimenta salvação em suas experiências pessoais. A bíblia é cheia de mitos, e para entendê-la é necessário tirar os mitos e, então, ver a verdade. A historicidade dos fatos não conta, o que conta é a experiência pessoal que o leitor tem com as Escrituras.
Se você voltar à definição de inspiração no início desse estudo perceberá que essa teoria está presente naquele conceito. Ele afirma que a Bíblia é plenamente (totalmente, não somente partes dela) inspirada e que cada palavra foi inspirada (não somente as ideias), A seguir, os critérios para escolher esta posição e não as outras.
“Dê-me uma Bíblia e uma candeia, e podem me enclausurar em um calabouço, e mesmo assim serei capaz de dizer o que está se passando no mundo”.
Cecil Richard
O conceito dos apóstolos Paulo e Pedro a respeito da Bíblia tem muita importância em nosso estudo.
Além de afirmar claramente a inspiração das Escrituras em alguns de seus escritos, Paulo também usa as escrituras do Antigo Testamento como palavra de Deus. Em 1Tm 5.18 ele usa a expressão “A Escritura diz” e então cita Dt 25.4 e Lc 10.7. Nessa passagem ele coloca AT e NT como Escritura. Em 2Tm 3.16, temos a passagem-chave desse assunto. Juntando os dois versículos, podemos concluir que Paulo pensava que tanto o AT como o NT eram Escrituras e portanto, Inspiradas por Deus.
Pedro também ensina a inspiração das Escrituras em 2Pedro 1.12-21. Falando a respeito das Escrituras, afirma sua origem divina e sua confiabilidade, e que as profecias não são assunto de homens, porque quem as registrou foram homens santos (separados), inspirados e guiados pelo Espírito Santo. Em 2Pedro 3.16, ele compara os escritos de Paulo com o AT (que no cap.1 afirmava ser inspirado). Pedro afirma que aqueles que distorciam os escritos de Paulo faziam o mesmo com o restante das Escrituras.
“A Autoridade da Escritura não necessita ser confirmada pela igreja, ela se impõe ao crente, porque conta com a resposta do testemunho interior.”
Ulrich Zwinglio
Embora concordemos na inspiração plenário-vebal, não podemos deixar de lembrar que há várias formas de comunicação da revelação de Deus aos autores divinos, mas todos inspirados por Deus. Vamos ver alguns casos:
É importante destacar que um autor bíblico não estava mais inspirado que outro, apenas o processo foi diferente, mas o Espírito é o mesmo.
“O que me perturba na bíblia não são os textos que eu não entendo, são os que eu entendo bem demais.”
Mark Twain
Se há tantas evidências que a própria Bíblia apresenta sobre sua inspiração, por que ainda há pessoas que negam a inspiração das Escrituras?
Décadas após décadas pessoas tentam desacreditar a bíblia, mas ela continua se provando verdadeira. Aproximadamente há 80 anos a comunidade acadêmica ria das Escrituras quando lia informação sobre os heteus, Passado algum tempo foi descoberto muito material sobre eles “os hititas ou heteus”, e a bíblia mostrou que estava certa. (ref: http://biblia.com.br/dicionario-biblico/h/heteus/)
Pedro nos exorta para que estejamos preparados para responder a razão de nossa fé (1Pe 3.15). Então, estude as escrituras e esteja pronto para responder ao mundo o por quê você crê na veracidade da Bíblia e porque você a segue como padrão de vida.
A Bíblia é o livro inspirado por Deus. Ela é incomparável e não há pessoas tão especiais capazes de falar com a mesma autoridade dela. Diante desse fato único, pense que atitude nós devemos ter diante deste livro tão especial.
A bíblia é inspirada, mas não é mágica como alguns tentam demonstrar com decifração de códigos ocultos ou enigmas, mas é clara o suficiente para que aquele que lê buscando conhecer a Deus.
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